Causas e Sintomas da Esquizofrenia Como Tratar a Doença

O que causa a doença esquizofrenia? Entenda a origem desse transtorno

A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que afeta a mente, as emoções e o comportamento de milhões de pessoas em todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica essa condição como a terceira maior responsável pela deterioração da qualidade de vida em indivíduos entre 15 e 44 anos. Estima-se que aproximadamente 1,6 milhão de brasileiros vivam com esquizofrenia, enfrentando não apenas os desafios da doença em si, mas também o estigma social associado a ela. Em 2020, o Brasil registrou mais de 175 milhões de atendimentos a pacientes diagnosticados com esquizofrenia. Este artigo explora os tipos de esquizofrenia, os sintomas, as causas e as opções de tratamento disponíveis.

O que é esquizofrenia?

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que interfere no comportamento, raciocínio e na forma como o indivíduo percebe a realidade. Caracteriza-se por uma desconexão entre a realidade e a percepção que a pessoa tem do mundo ao seu redor. Essa condição é marcada por episódios de psicose, onde fica difícil distinguir entre a realidade e a imaginação. Os sintomas fundamentais incluem alucinações e delírios, que fazem com que a pessoa experimente percepções que não correspondem à realidade compartilhada. O impacto da esquizofrenia se estende para as esferas pessoal, profissional e social, tornando-se uma das condições médicas que mais incapacitam os pacientes. Sua capacidade de afetar o funcionamento e a qualidade de vida dos indivíduos é significativa.

Quais são os tipos de esquizofrenia?

Existem vários tipos de esquizofrenia, cada um com características distintas:

  • Esquizofrenia Paranóide: Caracteriza-se por delírios de perseguição e alucinações auditivas, mantendo em geral a preservação das funções cognitivas e emocionais.
  • Esquizofrenia Desorganizada: Marcada por comportamento desorganizado, pensamento confuso e achatamento afetivo, dificultando a expressão de sentimentos.
  • Esquizofrenia Catatônica: Caracteriza-se por movimentos corporais anormais, que podem incluir imobilidade extrema ou episódios de excitação motora.
  • Esquizofrenia Residual: Ocorre quando uma pessoa teve episódios psicóticos no passado, mas atualmente apresenta sintomas mais leves.
  • Esquizofrenia Indiferenciada: Os sintomas não se encaixam claramente em nenhum dos subtipos anteriores.
  • Esquizofrenia Simples: Caracteriza-se por uma deterioração progressiva das funções sociais e ocupacionais, sem sintomas psicóticos agudos.

O que causa a doença esquizofrenia?

Ainda não há um consenso sobre a causa exata da esquizofrenia, mas diversos estudos apontam fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos como desencadeadores dessa condição. Abaixo, destacam-se alguns desses fatores:

  • Genética: A predisposição genética pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia, especialmente se houver histórico familiar de transtornos mentais.
  • Neurobiologia: Alterações no funcionamento cerebral, como desequilíbrios nos neurotransmissores (dopamina, glutamato e serotonina), podem estar associadas à esquizofrenia.
  • Fatores ambientais: Infecções virais, desnutrição durante a gestação e estresse podem contribuir para o desenvolvimento da doença, assim como traumas na infância ou uso de substâncias psicoativas na adolescência.
  • Estresse: Eventos estressantes, como perdas pessoais ou traumas, podem ser gatilhos para o surgimento dos sintomas.

Quais são os sintomas da esquizofrenia?

Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em positivos, negativos, cognitivos, neurológicos e comportamentais:

Sintomas positivos

  • Alucinações: Percepções falsas, como ouvir vozes que não são ouvidas por outras pessoas.
  • Delírios: Crenças irracionais sem base na realidade.
  • Pensamento desorganizado: Dificuldade em organizar os pensamentos ou manter um discurso lógico.

Sintomas negativos

  • Achatamento afetivo: Redução na expressão emocional, resultando em aparente frieza.
  • Anedonia: Incapacidade de sentir prazer em atividades antes gratificantes.
  • Alogia: Pobreza de fala, com respostas breves e lacônicas.
  • Avolição: Falta de motivação para iniciar e manter atividades.

Sintomas cognitivos

  • Dificuldade de atenção: Problemas de concentração e foco.
  • Dificuldade de memória: Dificuldades em lembrar informações recentes.
  • Dificuldade nas funções executivas: Desafios para planejar, iniciar e concluir tarefas.

Sintomas neurológicos

  • Movimentos desordenados: Comportamentos motores anormais, como movimentos repetitivos.
  • Disfunções sensoriais: Alterações na percepção sensorial, como distorções visuais.

Sintomas comportamentais

  • Isolamento social: Tendência a se afastar de relacionamentos e interações sociais.
  • Declínio no funcionamento ocupacional: Dificuldade em manter empregos ou desempenhar papéis sociais.

Como é o tratamento da esquizofrenia?

O tratamento da esquizofrenia geralmente envolve uma combinação de medicamentos antipsicóticos e terapia psicossocial e cognitivo-comportamental. Os antipsicóticos, como o Latuda, são utilizados para controlar os sintomas positivos, agindo na química cerebral. É comum que o tratamento com medicamentos seja contínuo, mesmo em períodos de remissão dos sintomas, a fim de prevenir recaídas. A terapia psicossocial é crucial, pois visa melhorar o funcionamento social, ocupacional e emocional. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) ajuda os pacientes a reconhecerem pensamentos disfuncionais e desenvolverem habilidades para gerenciar sintomas relacionados ao estresse. O apoio familiar é igualmente importante para o sucesso do tratamento, contribuindo para a recuperação e reintegração do paciente à sociedade.


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